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Uma das maiores angústias de um poeta é não conseguir poetizar. Ser apenas um prosa boêmia autodestrutiva e nada intuitiva; rimada, mas não versada; métrica, mas disléxica. O desejo do poeta é ser dor aguda e escrita, transposta. O coração vira uma prisão de dores e desamores, de passado e presente, apinhado em celas minúsculas. A situação fica crítica, a ponto de uma rebelião explodir a qualquer momento, mas ela não vem. E enquanto a poesia não se liberta, eu fico preso à essa prosa, desorientado, porque o meu desejo é de poesia, é visceral, nada gramatical. O sentido é o que eu sinto, e o desejo é o que me dá sentido.
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“Os tristes também precisam ouvir o som da sua tristeza.”
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