Já sentiu o quebra-cabeça da vida errado? Como se todas as peças estivessem espalhadas pelo chão? Ou como se tudo ao seu redor perdesse o sentido? - Eu deito no chão e passo meus dedos sobre as peças do meu errado quebra-cabeça. Forço umas as outras mas elas não conseguem se encaixar. Isso pois a peça principal, se foi. Está perdida em algum lugar. Sem ela nada funciona. - A vida é um quebra-cabeça, é como um jogo, um jogo sofrido, onde os jogadores são testados. - Ao mesmo tempo que somos os jogadores, somos as peças, pois ao nos ligarmos com outra nos formaremos algo 

novo. E uma peça solitária, não é nada sozinha. Não passa de uma peça. É apenas isso. 

 

  

  Quantas pessoas realmente te fazem feliz?

  

 Já perdi as contas de quantas vezes tentei colocar os sentimentos no papel.. Mas sinceramente, é algo que está se tornando impossível.. escrevo, escrevo, escrevo.. mas nada consegue me definir, nada consegue demostrar como sou realmente, ou como me sinto.. É como se eu estivesse sendo revestida por um enorme e fundo buraco.. Ou até, como se tudo o que me torna ser eu mesma, estivesse extinto dentro de mim.. Deixei de saber em qual lugar devo me encaixar, ou melhor, nunca soube.. talvez esse seja o problema. Nunca consegui escolher o lugar onde apenas eu gostaria de ficar, mas sim, o lugar onde as pessoas quisessem que eu ficasse. Definiam como eu deveria falar, como eu deveria me vestir, ou até como eu deveria agir. E até um determinado tempo, eu fui levando… com medo de me posicionar diante a todos esses rótulos.. Mas hoje, eu não consigo mais suportar todos esses sentimentos indefinidos, e todas essas palavras que se repetem em minha mente como um disco riscado. E por conta de toda essa confusão, tudo se tornou mais difícil para mim.. escrever, falar, me abrir e me sentir bem comigo mesma. Eu me enxergo como apenas um peso.. E isso, me fere cada vez mais nos últimos dias, com todos os comentários sobre como eu me tornei fria, ou amarga.. E sinceramente ? Acho que as pessoas não tem o direito de reclamar de o que eu me tornei, pois, agindo assim, eles não deixam de ser os culpados da minha mais recente mudança.