Ela: Você tem noção de quantas vezes você passa pela minha cabeça em um só dia? Você faz ideia do tormento que é cada segundo longe de você? Sabe o que é sentir-se sozinha em meio uma multidão de pessoas, precisando de apenas uma?
Ele: Sei! Pois eu passo por isso todos os dias que meus olhos não encontram o brilho dos teus.
A dor não passa, eu só finjo que ela não existe.
Estou cansada de me perguntarem por que eu não gosto de pessoas. Então aqui vem um desabafo. Eu não gosto de pessoas, e quando eu digo pessoas quero dizer seres humanos no geral, pois elas são más, cruéis, gananciosos, ambiciosos, maldosas, e só pensam no próprio umbigo estúpido e ignorante. E agora é a hora que você me fala “Nossa, como você é hipócrita, afinal você é uma pessoa, um ser humano, seus pais são. Você não tem coragem de dizer que não gosta dos seus pais”. Mas eu também acho que o ser humano tem sentimentos “bons”, que são extremamente passageiros e relativos. Por exemplo, eu com certeza posso dizer que eu amo minha família e meus amigos, mas simplesmente porque eu os tornei necessários para, eu com a minha estupidez e ignorância humana me deixei envolver tanto que não consigo viver sem eles pois eu sou difícil demais para conseguir me suportar sozinha. Para mim eles são mais necessários do que eu mesma, pois sem eles não aguentaria ser quem sou. Voltando aos sentimentos “bons” eles são apenas uma forma que a sociedade encontrou de controlar esse mal inerente a ela mesma, e pessoas “boas” são apenas pessoas que foram tão bem educadas e aprenderam tão bem esse controle que conseguem guardar seu mal só pra si. Quero deixar bem claro também, que não me excluo hora nenhuma quando digo da maldade humana, pois caso eu não a tivesse simplesmente a aceitaria, sem sentir o ódio que me aperta o coração todo o tempo.
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