sexta-feira, 27 de abril de 2012

  Sinceridade nas palavras, por favor. Não me use como depósito, como algo acolhedor que lhe dará amor. Eu não sou assim, eu não sou isso. Eu sou um abismo que você não irá querer descer tanto para analisar. Cansará nos primeiros degraus, confie em mim. Mas, aqui no abismo onde vivo, tomo banho no mar claro e ouço cantos verdadeiros de pássaros. Nada me é falso. Nada que transparece escuro me é aceitável, apesar do meu próprio eu não ter nenhuma claridade de fato. Não sou esperança de um amor. Você não vê que eu preciso mesmo é de um salvamento? Eu não sei nadar - nas águas e no outro. Entretanto, não se aproxime sem saber do que quer ou lembrar bem do que já passou. Eu falo doce e olho fundo. Eu prefiro a voz da solidão a ter que me ensurdecer com frases tiradas de um lixo qualquer na sua rua. Quer amor? Eu não vou facilitar: eu quero sinceridade. Não, não está para vender no próximo bar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário