Porque ninguém entenderia. Nem mesmo que eu explicasse da melhor forma, nem mesmo que eu
horasse, que eu gritasse. Ninguém suportaria o peso das minhas palavras. Talvez nem eu entenda,
talvez eu não saiba explicar muito bem. Se eu dissesse que para tudo tens um jeito, enganaria-me.
Ou melhor, enganaríamos. Eu sei que não tem jeito, não tem suporte, não tem palavras, fundos,
promiscuidades. Não tem verbos, sensações, lágrimas. Em tênue lembrança, não tem nada. Não tem
solução. Ainda que eu dissesse, ninguém saberia o que fazer, por tampouco entender o que eu queria,
o que doía. Mas doía, de forma que sobrepunha todo o resto que eu sentia. Invalidava qualquer
escolha, mas só porque doía. Eu fingia que não sentia, que não existia, mas incomodava antes de
dormir. Enganava-me, como se fosse só isso que soubesse fazer. E exausta, ainda tentando entender,
descobri que nem tão longas explicações seriam úteis. Aprendia a conviver com tamanha falta de
comunicação e tal dor que ainda não sabia de onde vinha
Meu verão não é tão quente sem você, meu inverno é muito mais frio, no outono as folhas representam minha esperança e na primavera?! as flores quase não aparecem.
Por pior que eu esteja jamais irei negar um sorriso
Eu deveria aprender que nem todas palavras ditas são sinceras.
Aqueles dias em que você se deita e pensa “nossa, hoje eu vou dormir logo”, são os dias em que mais sensações te dominam e você simplesmente não para de chorar, não é?
Desculpa, mas eu não escrevo o que as pessoas querem ler e sim o que eu sinto
Se você não se importa de verdade, não precisa fingir. Sem mentiras, por favor.
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